sexta-feira, 25 de maio de 2012

Como ensinar meu filho gostar de ler?

 


Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.
 (Bill Gates)
Como educadora,  muitas vezes me deparo com crianças que têm dificuldades advindas da falta do hábito da leitura. Alguns alunos têm dificuldades em entender textos, dificuldades na produção de textos, escrita com muitos erros ortográficos e até mesmo interpretar problemas matemáticos.
Os pais são as pessoas que mais influenciam na educação de seus filhos. Um dos seus (muitos) papeis é ajudá-los a aprenderem e a gostarem de ler.
Aqui estão algumas sugestões sobre como você pode ajudar a tornar a leitura uma experiência positiva, desde cedo na vida de seu filho.
1. Escolha uma hora bem calma e um livro adequado
Sabemos que o mercado nos oferece uma grande quantidade de livros os quais chamam atenção das crianças pela cor e por seus personagens. Ajude seu filho a escolher essa leitura com cuidado, pois existem livros cujos assuntos são inadequados ao bom desenvolvimento do caráter da criança.
2. Faça da leitura um prazer
A leitura precisa ser algo prazeroso. Sente com seu filho. Tente não fazer pressão se ele ou ela estiverem indispostos. Se a criança perder interesse, faça algo diferente. O tempo de leitura varia de acordo com a maturidade da criança, quanto maior for a idade da criança, mais tempo ela conseguirá se concentrar na leitura.
3. Mantenha o ritmo
Se ele pronunciar uma palavra errada, não interrompa imediatamente. Ao invés disso, dê a oportunidade para auto-correção. É melhor ensinar algumas palavras desconhecidas para manter o fluxo e o entendimento da frase do que insistir em fazê-lo pronunciar o som exato das letras.
4. Seja positivo
Se a criança diz algo quase certo no início de uma frase, tudo bem. Não diga "Não, está errado", mas sim "Vamos ler isso aqui juntos" e dê ênfase às palavras quando pronunciá-las. Aumente a confiança da criança com dizeres positivos a cada pequena melhoria que ela conseguir. "- Muito bom! Você aprende rápido!" "- Certo! Você é muito inteligente" etc.
5. Sucesso é a chave
Pais ansiosos para que seus filhos progridam podem, erroneamente, dar livros muito difíceis. Isso pode causar o efeito oposto ao que eles estão esperando. Lembre-se "Nada faz tanto sucesso quanto o sucesso". Até que seu filho tenha adquirido mais confiança, é melhor continuar com livros fáceis. Pressioná-lo com um livro com muitas palavras desconhecidas não vai ajudar, muito pelo contrário. Não haverá fluxo, o texto não vai ser entendido e provavelmente a criança vai se tornar relutante com a leitura. Então dê prioridade a livros de acordo com a faixa etária de seu filho.
6. Visite a Biblioteca
Encoraje seu filho a retirar livros na biblioteca da escola ou na biblioteca pública. Leve-o até lá e mostre, com calma, tudo que ele precisa.
7. Pratique regularmente
Os professores da escola têm um tempo limitado para ajudar individualmente a leitura dos alunos.
Tente ler com seu filho todos os dias da semana. Programe o "horário da leitura", nessas horas a TV ou o computador devem ser desligados (é muito difícil competir com jogos e desenhos animados). Se houver outras crianças em casa, esse horário pode ser o mesmo para todos. Mas lembre-se para se tornar hábito, deve ser todos os dias e no mesmo horário.

8. Converse com o pimpolho
Aproveite esses momentos para estar perto do seu filho, ele só será um bom leitor se você valorizar a leituraSempre converse com ele e faça comentários positivos. Assim a criança vê que você está interessado em seu progresso e que você valoriza a leitura.
9. Fale sobre os livros
Ser um bom leitor é muito mais do que simplesmente ler palavras corretamente. O mais importante é entender e refletir sobre o que está lendo. Sempre fale com seu filho sobre o livro, sobre as figuras, sobre as personagens, como ele acha que vai ser o final da história, sua parte favorita etc. Assim você vai ver como está o entendimento dele e poderá ajudá-lo a desenvolver uma boa interpretação.
10. Varie sempre
Lembre que as crianças precisam experimentar vários materiais de leitura. Por exemplo, livros só de figuras, quadrinhos, revistas, poemas e até os jornais (mostre a ele a parte com palavras cruzadas e, claro, as tirinhas e charges).
Bem espero que essas dicas possam ajudá-los!!!!!

A CANETA TEIMOSA

Mariazinha foi à aula,
Toda feliz e contente.
Levava a caneta novinha,
Que a avó lhe deu de presente.
A vovozinha amorosa
Recomendou-lhe prudência:
- Cuidado, minha netinha,
Sempre que for escrever,
Faça lição com paciência.
Mas como era distraída,
Mariazinha se perdeu,
Do que a vovó lhe dissera.
Foi fazer os seus deveres
E o bom conselho esqueceu.
Rapidamente escrevendo,
A caneta que corria,
Nas suas mãos inseguras,
O traços ficando tortos
E sua letra mal se lia.
Quando sua professora viu,
Aquela feia lição
Mandou-a fazer outra vez
Pois com letra como aquela,
Tudo era confusão.
Assustada, de repente,
A menina compreendeu
Que a vovó tinha razão:
se não tivesse cautela
Perderia o que escreveu.
Percebeu que com jeito e cuidado,
Bom mesmo era fazer devagar,
Usando bem a caneta
Que não era mais teimosa,
E que estava ali para ajudá-la a estudar . . .

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

As crianças com TDAH, em especial os meninos, são agitadas ou inquietas. Freqüentemente têm apelido de "bicho carpinteiro" ou coisa parecida. Na idade pré-escolar, estas crianças mostram-se agitadas, movendo-se sem parar pelo ambiente, mexendo em vários objetos como se estivessem “ligadas” por um motor. Mexem pés e mãos, não param quietas na cadeira, falam muito e constantemente pedem para sair de sala ou da mesa de jantar. Elas têm dificuldades para manter atenção em atividades muito longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes. Elas são facilmente distraídas por estímulos do ambiente externo, mas também se distraem com pensamentos "internos", isto é, vivem "voando". Nas provas, são visíveis os erros por distração (erram sinais, vírgulas, acentos, etc.). Como a atenção é imprescindível para o bom funcionamento da memória, elas em geral são tidas como "esquecidas": esquecem recados ou material escolar, aquilo que estudaram na véspera da prova, etc. (o "esquecimento" é uma das principais queixas dos pais). Quando elas se dedicam a fazer algo estimulante ou do seu interesse, conseguem permanecer mais tranqüilas. Isto ocorre porque os centros de prazer no cérebro são ativados e conseguem dar um "reforço" no centro da atenção que é ligado a ele, passando a funcionar em níveis normais. O fato de uma criança conseguir ficar concentrada em alguma atividade não exclui o diagnóstico de TDAH. É claro que não fazemos coisas interessantes ou estimulantes desde a hora que acordamos até a hora em que vamos dormir: os portadores de TDAH vão ter muitas dificuldades em manter a atenção em um monte de coisas. Elas também tendem a ser impulsivas (não esperam a vez, não lêem a pergunta até o final e já respondem, interrompem os outros, agem antes de pensar). Freqüentemente também apresentam dificuldades em se organizar e planejar aquilo que querem ou precisam fazer. Seu desempenho sempre parece inferior ao esperado para a sua capacidade intelectual. O TDAH não se associa necessariamente a dificuldades na vida escolar, embora esta seja uma queixa freqüente de pais e professores. É mais comum que os problemas na escola sejam de comportamento que de rendimento (notas). Um aspecto importante: as meninas têm menos sintomas de hiperatividade-impulsividade que os meninos (embora sejam igualmente desatentas), o que fez com que se acreditasse que o TDAH só ocorresse no sexo masculino. Como as meninas não incomodam tanto, eram menos encaminhadas para diagnóstico e tratamento médicos. Orkut

Como detectar o aluno com TDAH?

Para detectar o aluno com TDAH, na escola algumas características são bem evidentes: •A criança apresenta dificuldade para manter atenção em tarefas; •Com freqüência parece não estar escutando; •Responde as perguntas sem pensar; •Nunca faz as tarefas; •Tem dificuldade para seguir instruções; •Precisa de esclarecimentos e lembretes constantemente; •Com freqüência passa de uma atividade incompleta para outra; •Má administração do tempo; •Tem dificuldade para permanecer sentada; •Apresenta distúrbio de sono; •Bruxismo; •Sonambulismo; •Fala durante o sono; •Não sabe brincar (corre muito, tropeça, cai, sobe em objetos, etc); •Comportamento inquieto; •Apresenta dificuldades para vestir, despir, abotoar, amarrar cordão; •É desajeitado, quase tudo cai das mãos; •Nunca presta atenção a detalhes; •Roupas apertadas o irritam; •Apresenta problemas na orientação esquerda e direita; •Têm-se impressão de que às vezes ouvem bem e às vezes não; •Pode ter um sono muito agitado, esta sempre cansada, sendo capaz de dormir sentada se não estiver em atividade que a estimule; •Propensa a se acidentar com muita freqüência; •Precisa de constante supervisão; •Resiste as mudanças, prefere a rotina; •É importante que o professor esteja ciente dos problemas da criança pois as dificuldades e queixas começam na escola. É necessário ter uma equipe que esteja familiarizada com o assunto um único profissional, não conseguirá desenvolver este trabalho. Orkut

Dicas para o professor lidar com hiperativos:

1- Evite colocar alunos nos cantos da sala. 2- Eles devem ficar nas primeiras carteiras, de preferência perto do professor. 3- Afaste-as de, portas e janelas para evitar que se distraiam com outros estímulos. 4- Deixe-as perto de fontes de luz para que possam enxergar bem 5- Não fale de costas, mantenha sempre o contato visual. 6- Faça com que a rotina na classe seja, clara e previsível, crianças com TDAH têm dificuldade de se ajustar a mudanças de rotina. 7- Intercale atividades de alto e baixo interesse durante o dia, em vez de concentrar o mesmo tipo de tarefa em um só período. 8- Repita ordens e instruções, faça frases curtas e peça ao aluno para repeti-las, certificando-se de que ele entendeu. 9- Procure dar supervisão adicional aproveitando intervalo entre as aulas. 10- Permita movimento na sala de aula. Peça à criança para buscar materiais, apagar o quadro recolher trabalhos. Assim ela pode sair da sala quando estiver mais agitada, e recuperar o autocontrole. 11- Esteja sempre em contato com os pais: anote no caderno do aluno as tarefas escolares, mande bilhetes diários ou semanais e peça aos responsáveis que leiam as anotações. 12- O aluno deve ter reforços positivos quando for bem sucedido. Isso ajuda a elevar sua auto-estima. Procure elogiar e incentivar sempre que for possível. 13- Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos. Grande parte das crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de grupos pequenos. 14- Ir devagar no trabalho. Doze tarefas de 5 minutos cada uma traz melhores resultados do que duas tarefas de meia hora. 15- Mudar o ritmo ou o tipo de tarefa com freqüência. 16- Favorecer oportunidades para movimentos, monitoramentos. 17- Colocar limites claros e objetivos. 18- Assegurar que as instruções sejam claras. 19- Evitar segregar, rádio som. Fazer do canto um lugar de recompensa par atividades bem feitas em vez de um lugar de castigo. 20- estabelecer intervalos, recompensa por esforço feito. Isso ajuda a aumentar o tempo da atenção concentrada e o controle da impulsividade através de um processo gradual de treinamento. 21- Preparar com antecedência a criança para as novas situações. 22- reconhecer os limites da sua tolerância e modificar o programa da criança com TDAH até o ponto de se sentir confortá

Disgrafia. Você sabe o que é?

O que é: A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível. Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual. Carcaterísticas: - - Lentidão na escrita. - - Letra ilegível. - - Escrita desorganizada. - - Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves. - - Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial. - - Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha. - - Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo). - - Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida. - - O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares. - - Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular. O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima. Tipos: Podemos encontrar dois tipos de disgrafia: - Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever - Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita. Tratamento e orientações: O tratamento requer uma estimulação lingüística global e um atendimento individualizado complementar à escola. Os pais e professores devem evitar repreender a criança. Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista. Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral. Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas. Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva. Fonte:

Disortografia. O que é?

Até a 2ª série é comum que as crianças façam confusões ortográficas porque a relação com os sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo. Porém, após estas séries, se as trocas ortográficas persistirem repetidamente, é importante que o professor esteja atento já que pode se tratar de uma disortografia. A característica principal de um sujeito com disortografia são as confusões de letras, sílabas de palavras, e trocas ortográficas já conhecidas e trabalhadas pelo professor. Caraterísticas: - Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta. - Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão. - Adições: ventitilador. - Omissões: cadeira/cadera, prato/pato. - Fragmentações: en saiar, a noitecer. - Inversões: pipoca/picoca. - Junções: No diaseguinte, sairei maistarde. Orientações: Estimular a memória visual através de quadros com letras do alfabeto, números, famílias silábicas. Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra, pois isso de nada irá adiantar. Não reprimir a criança e sim auxiliá-la